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Sabores do Nordeste: da Bahia ao Maranhão, nove dicas de chefs e restaurantes

Por CNN Brasil – Viagem e gastronomia


A comida típica do Nordeste é uma das melhores formas de conhecer a cultura local. A culinária da região reflete a diversidade histórica de cada estado, com pratos que encantam o paladar e, com uma mistura de sabores e ingredientes, superam as expectativas.

Daniela Falcão, fundadora do hub Nordestesse, que amplia e fomenta a produção de marcas e serviços de empreendedores nordestinos, indicou chefs do Nordeste que vale ficar de olho e acompanhar o trabalho.

Imagem: Instagram/divulgação: arroz caldoso de polvo do @voarrestaurante


A empresária escolheu cozinheiros que se destacam e representam os sabores de seus estados nordestinos. Veja chefs indicados por Daniela Falcão de vários estados do Nordeste.


Serginho Jucá, de Alagoas

Ingredientes típicos de Alagoas, como feijão-verde, mel de engenho e siri catado, usados em receitas clássicas da gastronomia internacional. É essa a premissa do restaurante Sur Arte Gastronômica, do premiado chef Serginho Jucá, que há mais de duas décadas agita a cena gastronômica na paradisíaca São Miguel dos Milagres, no litoral norte de Alagoas.

O amor de Serginho pela gastronomia vem de berço: é neto de Yêda Rocha, uma das lendárias cozinheiras alagoanas “Irmãs Rocha”.

O restaurante oferece um menu semanal, com itens como tapioquinha de siri com suas tintas comestíveis (R$ 55), de entrada e bobó de lagostinha com abóbora em texturas (R$ 135), como opção de prato principal.


Dante e Kafe Bassi, da Bahia

Um restaurante “de família”: é assim que o casal de cozinheiros Dante e Kafe Bassi descrevem o restaurante Manga como uma mistura da cultura dos dois — localizado no coração do Rio Vermelho, em Salvador.

Kafe, que cuida da panificação e das sobremesas, nasceu no sul da Alemanha; Dante é baiano e fica com os pratos salgados. Outro diferencial dos chefs é a apresentação das receitas, sempre inventivas e surpreendentes.

O menu degustação (de R$ 350 a R$ 650 por pessoa), conhecido como o protagonista do estabelecimento, oferece Dashi de tucupi com cogumelo, steak-tartare, pães de formentação natural, lagosta grelhada, olho-de-boi selado no carvão. As sobremesas são um sorvete de amêndoas e nozes e Romeu & Julieta, um macaron gelado de queijo azul recheado com parfait de goiaba.

Além disso, o restaurante tenta produzir o máximo de ingredientes, desde pães, sorvetes, charcutarias até ervas, no próprio estabelecimento.


Rafael Libério, do Maranhão

É em uma casa de 1980, no bairro Olho D’água, em São Luís, que o chef Rafael Libério dá vida a receitas afetivas que misturam as culinárias maranhense e mediterrânea.

Seu restaurante, o ÇáVá, possui dois ambientes: no espaço externo, as mesas ficam belamente espalhadas pelo jardim com flores bougainvilles; do lado de dentro, paredes azuis, cristaleiras e quadros de artistas locais maranhenses completam a charmosa decoração.

“Minhas experiências de paixão pela cultura maranhense e mediterrânea, unidas às lembranças da infância e de viagens em família”, diz Libério na abertura de seu cardápio.


Pedro Godoy, de Pernambuco

Imagine os pratos tradicionais de Pernambuco, daqueles que encontramos em quiosques de praia, porém com um toque de requinte e sofisticação. É possível encontrá-los no restaurante Arvo, do chef Pedro Godoy, que leva a gastronomia pernambucana para outro patamar, por meio de técnicas inovadoras, mas sempre com ingredientes 100% locais e da melhor qualidade que se possa encontrar.

O chef conta ainda com outra casa na cidade, o restaurante Voar. O menu oferece uma variedade de peixes e frutos-do-mar, como polvo, camarão e lula. Também há opções de carnes, como o prato principal Filé com Nhoque (R$ 125), um filé mignon grelhado ao molho de uvas ao vinho do porto, nhoque selado de mandioquinha e emulsão de queijo primadonna.


Seichele Barboza, de Sergipe

Sergipe pode até ser pequeno em extensão, mas compensa na riqueza e diversidade de suas regiões. Além do litoral, há caatinga, sertão e manguezal.

É justamente a complexidade dessa terra que guia a gastronomia do Seu Sergipe Bistrô, restaurante de Seichele Barboza, chef que ficou conhecida com o reality show “Mestre do Sabor”, da Globo, e que é visita obrigatória em Aracaju.

A cozinheira afirma, na abertura de seu cardápio, que seus dons na cozinha são heranças de sua mãe, Dona Cida, a quem  considera uma nordestina forte e “cheia de conhecimentos e histórias”.


Tatiana Fortes, do Piauí

Que tal comer bem, conhecer os artistas piauienses que estão despontando e ainda levar peças de decoração para casa? Esse programa completo só é possível no Olik, restaurante que virou parada obrigatória para quem visita Teresina.

Fundado em 2010 pela mineira Tatiana Fortes, o bistrô se destaca por reinterpretar clássicos das culinárias do Piauí e de Minas Gerais com aquela sensação de receita de vó.

O cardápio é variado, com petiscos, sanduíches e pratos que levam nomes de ícones musicais: como o Cássia Eller (R$ 48), uma linguicinha de cordeiro com aioli de cajuína, vinagrete de frutas e crocante de massa filo, ou o Cazuza (R$ 46), um “frango a passarinho” com lemon pepper, cachaça, alho crocante e aioli de limão.


Wanderson Medeiros, da Paraíba

Paraibano, mas morador de Alagoas desde a década de 1980 e considerado o “rei dos casamentos em Milagres e região”, Wanderson Medeiros continuou o legado da família sem perder o ar da inovação.

Ele é o nome à frente do Picuí, um dos restaurantes mais famosos de Maceió, fundado pelo pai, em 1989. A relação da família com a gastronomia vem desde 1889, com o avô Anacleto que produzia carne de sol em João Pessoa.

O cardápio oferece desde dadinhos de tapioca (R$ 31,90) e escondidinho de carne de sol (R$ 17,90), como entrada, até baião de dois especial do Picuí (R$ 54,90) e Picanha argentina de sol individual (R$ 103,90).


Jonatã Canela, do Rio Grande do Norte

Em Natal, não tem como falar de gastronomia sem citar Jonatã Canela, chef executivo do restaurante Navarro, no Hotel Senac Barreira Roxa, na Via Costeira da cidade.

Com dez anos de estrada, despontou no reality “The Taste Brasil 4”, do GNT, em 2015, ficando entre os 16 finalistas de um total de 10 mil concorrentes. Explora técnicas francesas, mas usa a base da cozinha brasileira e ingredientes locais para criar pratos autorais.


Georgia Santiago, do Ceará

Autodidata, a chef cearense Georgia Santiago trabalhou em restaurantes no Japão, Noruega e na França. De volta ao Brasil, passou uma temporada no Rio, no badalado Oro, antes de retornar à Fortaleza.

Abriu o Muá Tuá, bar que tem carta de vinhos naturais, cerveja artesanal e petiscos assinados com ingredientes nordestinos em releituras de clássicos da gastronomia mundial, como o Tataki de Atum (R$ 45), servido com olho de cajuína e castanha de caju.


Sobre Daniela Falcão

Fundadora da Nordestesse, plataforma que reúne moda, design, arte e gastronomia dos estados do Nordeste, Daniela Falcão faz curadoria e consultoria estratégica. O atual sucesso da jornalista baiana veio após se consolidar como um dos grandes nomes do jornalismo de moda do Brasil. Afinal, ela já foi diretora-geral da editora Globo Condé Nast, onde ficou até novembro de 2020, e também editora-chefe pelas revistas Trip e TPM. Ela também é muito ativa nas redes sociais, onde compartilha dicas variadas sobre restaurantes, estilo de vida e viagens, principalmente, pelo Nordeste.


Imagens: Divulgação/Instagram

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