No Rio Grande do Norte, uma dica para quem gosta de fugir da agitação das praias mais badaladas é um passeio pela Lagoa dos Guaraíras, em Tibau do Sul, cerca de 7 km do centro de Pipa e 75 km de Natal.
A lagoa – que recebe o nome das tribos que habitavam o lugar - tem cerca de 2 km quilômetros de largura e forma uma linda baía, circundada por manguezais, trechos da Mata Atlântica e falésias. O passeio inclui uma paradinha para uma caminhada sobre as águas – um banco de areia no centro da lagoa onde existia o antigo povoado. De longe, as cadeiras e mesas sobre o filete de areia dão a impressão de flutuar sobre as águas.
Para quem gosta do contato bem próximo com a natureza, uma oportunidade para observação da fauna local, que inclui desde os ariscos golfinhos até a garça azul. E banho de lama no manguezal. “Bom para a pele, bom para tudo. Faz nascer cabelo e é afrodisíaco”, brinca o guia Ramon Kardek.
A história
Antigamente, Guaraíras era uma lagoa comum isolada do mar, riquíssima em peixes e espécies da fauna local como o peixe boi marinho. Era rodeada por vilarejos de índios potiguaras. Quando chovia muito, a lagoa trasbordava, causando inundações nas vilas ao seu redor. No século XVII, os holandeses que moravam em uma de suas ilhas e que conseguiam conviver de forma totalmente pacifica com os Índios nativos, decidiram em conjunto construir o primeiro canal de ligação com o mar. Com a expulsão dos holandeses o canal foi tomado pelas dunas de areia e o projeto foi retomado.
Em 1890 houve uma tentativa de reabrir o primitivo canal. Em 1923 foi construído finalmente o desejado canal, sob a responsabilidade do engenheiro Júlio de Melo Rezende. O canal, apesar de dos 10 metros de largura e 800 metros de cumprimento, não resistiu a uma noite de cheia em 1924. As águas da lagoa romperam e causaram destruição no pequeno povoado e abriram uma estreita saída para o mar.
Fonte: www.tibaudosul.com.br
Fotos: Renato Moraes, www.tibaudosul.com.br, www.bfphoto-fineart.blogspot.com.br